Em tempos de Bento XVI no solo tupiniquim, quem chama a atenção da mídia no sul do país é o Grêmio. Parece que, pelo menos para a torcida gremista, nada é mais importante que os jogos no Olímpico, nem mesmo a chegada do pontífice.
Dirão os católicos: “Não adorai falsos desuses”. Responderão os gremistas: “Grêmio imortal, nada pode ser maior”. De um lado a maior religião do mundo, onde a alta cúpula do conclave romano elege o “representante de Deus”. Do outro, uma nação bem mais modesta, mas não menos apaixonada, a legião tricolor.
Heresias à parte, a chegada do papa ao Brasil representa a retomada de valores tradicionais da igreja (a união apenas de pessoas do sexo oposto, a negação do aborto, a não utilização de preservativos, etc), na América Latina. Com uma posição bem ortodoxa Bento VXI arranca elogios dos mais tradicionais e desconfiança dos modernistas.
Embora religião e futebol, tratem-se de duas coisas distintas, a paixão de seus seguidores as torna, de certo modo, coisas comuns. Meu desinteresse pelos assuntos religiosos é inversamente proporcional ao gosto pelo futebol. Não sei quantos católicos o Papa arrastou para São Paulo, mas sei que em apenas três jogos cerca de 150 mil torcedores invadiram o Olímpico.
Como disse Tyger Woods, número um do ranking mundial de Golf: “Para vencer precisam-se de duas coisas: sorte e competência. Quanto mais competência, menos dependerá da sorte”. A questão que fica é a seguinte: quem terá mais sucesso na América Latina. O Papa ou Grêmio? Bento VXI busca aumentar e consolidar os valores da Igreja Católica no continente. O Grêmio tenta conquistar seu terceiro título e voltar a ser o dono da América. O resultado... a história nos contará.
5/11/2007
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