Só a palavra "política" causa na sociedade um efeito de repulsa. Não importa a que ela se refere, definitivamente, política e sociedade não combinam. A hostilidade com que o tema é tratado é fruto de uma construção política corrupta. O tráfico de influências nasceu junto com o Brasil. Já na "certidão de nascimento" tupiniquim, Pero Vaz de Caminha solicitava a corte portuguesa um emprego ao seu genro.
De lá para cá a situação não mudou muito, embora tenha havido algumas evoluções. Foram quase 500 anos até que o Brasil tivesse a primeira eleição pelo voto direto. Daí em diante foram quatro mandatos da direita e dois da esquerda. Diferença entre os dois governos? Pouca. Afinal, essa "polititica" é como uma moeda de duas coroas.
Entretanto, os movimentos políticos de maior sucesso no país e os únicos que não fazem "polititica" são as ongs (organizações não governamentais). A razão de tanto sucesso? Simples, não há envolvimento partidário. Normalmente quem participa de ong, não recebe nada em troca financeiramente e exerce suas funções paralelamente as atividades profissionais.
Vou citar apenas um caso de sucesso, o Grupo de Apoio à Prevenção a Aids (Gapa). O Gapa surgiu em 1985, em São Paulo, e o objetivo era ambicioso à época: levar conhecimento sobre a doença e assim impedir seu avanço. A iniciativa deu tão certo que o modelo brasileiro é reconhecido por organizações internacionais da saúde e copiado em dezenas de países.
Tanto sucesso se dá ao empenho de pessoas que não vivem da política, mas vivem para a política. Continuo não acreditando em partidos, mas acredito em pessoas. A democracia está longe de ser o sistema político ideal, pois é o governo das "maiorias", que governa para as "minorias". Enquanto senadores e deputados se divertem na dança das cadeiras ministerial, pessoas sérias esquecem essa "polititica" e, realmente, fazem um Brasil melhor.
3/30/2007
3/29/2007
Paraíso Tropical
Ao sentar em frente da TV para jantar, momento único e raro durante a semana, assisto ao Jornal Nacional. Mas não estou só. Nesse horário há um sem-número de telespectadores que se suspiram a cada quadro do telejornal. Uns por causa da previsão meteorológica, outros por causa das peripécias brasilienses e ainda há, quem diria, suspiros desanimados no quadro de esportes.
Enfim, o JN é uma espécie de espelho digital da sociedade, em que as pessoas selecionam a opção light-realyt. Nesse espelho reflete uma realidade distorcida, mas ainda assim é uma realidade que por vezes nos entristece. Mas a Globo inventou a novela das oito, que passa as nove, com intuito de nos alegrar. Boazinha a emissora, não?
Numa conversa de botequim ouvi alguám falar: "- Os problemas do Brasil acabam quando começa a novela das oito", e, infelizmente, tenho que concordar. Pra azar dos roteiristas ou para azar meu, aprendi a enfrentar os meus problemas e me sinto um estrangeiro quando vejo a vida no Leblon. Pra ser bem sincero não suporto cinco minutos a frente da TV. Acreditar nessa realidade Belíssima é só pra quem mora num Paraíso Tropical, e não para um pobre mortal como eu.
Enfim, o JN é uma espécie de espelho digital da sociedade, em que as pessoas selecionam a opção light-realyt. Nesse espelho reflete uma realidade distorcida, mas ainda assim é uma realidade que por vezes nos entristece. Mas a Globo inventou a novela das oito, que passa as nove, com intuito de nos alegrar. Boazinha a emissora, não?
Numa conversa de botequim ouvi alguám falar: "- Os problemas do Brasil acabam quando começa a novela das oito", e, infelizmente, tenho que concordar. Pra azar dos roteiristas ou para azar meu, aprendi a enfrentar os meus problemas e me sinto um estrangeiro quando vejo a vida no Leblon. Pra ser bem sincero não suporto cinco minutos a frente da TV. Acreditar nessa realidade Belíssima é só pra quem mora num Paraíso Tropical, e não para um pobre mortal como eu.
3/27/2007
As lombas...
Lendo a ZH de domingo, Scliar me chamou atenção para as lombas de Porto Alegre e, por conseqüência, as lombas de nossa vida. Concordo com o médico-escritor quando ele diz: "A Vida é, num certo sentido, subir lombas". Conforme vencemos as lombas, ou desafios, ficamos mais fortes e ganhamos fôlego quando chegamos ao topo.
Subir lombas é esforço matinal ou vespertino de encarar os desafios. Não importa o quanto demoremos pra subir nossas lombas, importante mesmo é subi-las e dar-nos conta que essa á uma prova de que estamos vivos. Mas também há que descer. E se for pra descer, que seja de maneira enlouquecida, frenética e vertiginosa nas asas da nossa imaginação para que, pelo menos, sirva de consolo a tanto esforço.
Subir lombas é esforço matinal ou vespertino de encarar os desafios. Não importa o quanto demoremos pra subir nossas lombas, importante mesmo é subi-las e dar-nos conta que essa á uma prova de que estamos vivos. Mas também há que descer. E se for pra descer, que seja de maneira enlouquecida, frenética e vertiginosa nas asas da nossa imaginação para que, pelo menos, sirva de consolo a tanto esforço.
3/25/2007
Um dia de cada vez
Esperamos o dia nascer com o despertar do relógio. Não nos damos ao luxo de acordar mais cedo pra ver o sol iluminar as primeiras imagens do dia. Esperamos que as coisas se resolvam rápido.
Tentamos prever centenas de dias à frente, sem nos darmos conta da verdade incontestável que é: vivemos um dia de cada vez. Viver um dia de cada vez é como a luz do sol. Queira ou não queira ela estará lá. Diariamente. Para ser contemplada ou não.
Para se aquecer no inverno com a luz do sol é necessário que outono passe. Exatamente como no calendário, um dia após o outro. Apressar as coisas é como acordar com o despertador: você levanta e só se dá conta que hora de trabalhar, estudar, etc...
Então viva um dia de cada vez, como no calendário comemorativo. Se a vida não é suficiente para ser celebrada diariamente, o calendário ajuda você com alguma sugestão.
Tentamos prever centenas de dias à frente, sem nos darmos conta da verdade incontestável que é: vivemos um dia de cada vez. Viver um dia de cada vez é como a luz do sol. Queira ou não queira ela estará lá. Diariamente. Para ser contemplada ou não.
Para se aquecer no inverno com a luz do sol é necessário que outono passe. Exatamente como no calendário, um dia após o outro. Apressar as coisas é como acordar com o despertador: você levanta e só se dá conta que hora de trabalhar, estudar, etc...
Então viva um dia de cada vez, como no calendário comemorativo. Se a vida não é suficiente para ser celebrada diariamente, o calendário ajuda você com alguma sugestão.
3/24/2007
Simples
Já dizia o cienasta brasileiro Fernado Meirelles:
"Simples é tudo que uma coisa pode ser"
Fico com suas simples e sábias palavras. Ao ouvir isso a primeira coisa que me dou conta é de quão simples são as amizades e quanto elas valem a pena. O riso está para a amizade, como o beijo está para o amor. Quem nunca deu uma gargalhada ao lado de um amigo? A amizade é simples assim. Simples como o sorriso despreocupado. Simples como um final de sexta-feira sentado a beira de um bar ou sentado a beira da cama, acompanhado de um amigo e um violão.
"Simples é tudo que uma coisa pode ser"
Fico com suas simples e sábias palavras. Ao ouvir isso a primeira coisa que me dou conta é de quão simples são as amizades e quanto elas valem a pena. O riso está para a amizade, como o beijo está para o amor. Quem nunca deu uma gargalhada ao lado de um amigo? A amizade é simples assim. Simples como o sorriso despreocupado. Simples como um final de sexta-feira sentado a beira de um bar ou sentado a beira da cama, acompanhado de um amigo e um violão.
3/23/2007
Necessidade...
Você já fez as suas necessidades hoje??? Eu Não. Quer dizer, já fiz quase todas, mas ainda falta uma: escrever.
Depois do meu orgasmo intelectual escrevendo sobre o boquete na "White House", parece que me bateu um desânimo, uma espécie de saciedade total. Mas sobrevivi e estou de volta para a felicidade ou tristeza geral da nação.
Aos que sentiram minha falta, meu extremo sentimento de gratidão. Aos que ficaram felizes, lamento fazê-los tristes com a minha volta. E aos que não me conhecem tem a excelente oportunidade de me conhecer.
Enfim, abraço a todos...
Depois do meu orgasmo intelectual escrevendo sobre o boquete na "White House", parece que me bateu um desânimo, uma espécie de saciedade total. Mas sobrevivi e estou de volta para a felicidade ou tristeza geral da nação.
Aos que sentiram minha falta, meu extremo sentimento de gratidão. Aos que ficaram felizes, lamento fazê-los tristes com a minha volta. E aos que não me conhecem tem a excelente oportunidade de me conhecer.
Enfim, abraço a todos...
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