"Somos feitos de silêncio e som", alguém escreveu isso no msn. Assim como alguém comentou no blog que a consciência pesava 21 gramas quando apaixonada. Discordo em proporção. No meu caso, a consciência pesa 21 toneladas, quando apaixonado. Nossa vida, seja sentimental ou não, é uma sucessão de silêncios e sons. Uns calam por necessidade, outros por medo ou quem sabe por comodismo.
Mas falar nem sempre é suficiente, ou melhor, quase nunca é suficiente. É preciso agir. E agir é conjugar silêncios e sons de forma harmoniosa, como numa orquestra. Ser o maestro da própria vida é fazer o arranjo certo para cada ocasião. Acertar nem sempre é possível. E para os erros, o ideal é silenciar. Porque como disse o poeta: "O silêncio é a união de todas as palavras juntas."
8/01/2007
7/24/2007
Somos todos iguais
Que o ser humano se revela na crise não é nenhuma novidade, muito menos que nós todos somos exatamente iguais. Enquanto nossas mazelas sociais não atingiam a burguesia, tudo parecia absolutamente normal. Bastou alguns aviões atrasarem seus pousos e decolagens e nossa "seleta população" perdeu as estribeiras. O que se vê nos aeroportos brasileiros, nos últimos tempos, é exatamente o que o pobre viu a vida toda.
Pra azar meu, tenho a oportunidade de trabalhar no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, onde os passageiros se despem da "casca social" chamada educação e exibem seu lado menos racional, agindo como animais que são, instintivamente. Percebo a fúria de alguns deles que se molestam por atrasos, sentem-se indignados diante da morosidade na resolução dos problemas e esquecem que o Brasil sofre dessa lentidão há anos.
Enquanto advogados, médicos e jornalistas, entre outros profissionais de melhor poder aquisitivo, acotovelam-se por um lugar no primeiro vôo para São Paulo, o Zé aguarda muito mais tempo o atendimento de seu filho no posto de saúde público. É incrível que num país, como o Brasil, onde menos de 50% da população possui saneamento básico, atrasos de algumas horas em alguns aeroportos tomem tanto tempo na imprensa.
Não me entendam mal. Sou absolutamente a favor da cobertura da mídia diante desta crise aérea, entendo que isso é fundamental, assim como é fundamental a cobertura dos problemas que afetam a maior camada da população, a pobre.
Enfim, esse texto é um desabafo de quem ouve calado, por necessidade, os insultos da classe média e chora, também calado, as injustiças vividas por quem vive na perifeiria. Mais uma vez percebemos que somos todos iguais e que, realmente, o homem se mostra na crise.
PS: ESSA É A PRIMEIRA PUBLICAÇÃO DEPOIS DO ACIDENTE DA TAM. GOSTARIA DE REGISTRAR MEUS MAIS SINCEROS SENTIMENTOS AOS FAMILIARES DOS PASSAGEIROS DO VÔO 3054.
Pra azar meu, tenho a oportunidade de trabalhar no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, onde os passageiros se despem da "casca social" chamada educação e exibem seu lado menos racional, agindo como animais que são, instintivamente. Percebo a fúria de alguns deles que se molestam por atrasos, sentem-se indignados diante da morosidade na resolução dos problemas e esquecem que o Brasil sofre dessa lentidão há anos.
Enquanto advogados, médicos e jornalistas, entre outros profissionais de melhor poder aquisitivo, acotovelam-se por um lugar no primeiro vôo para São Paulo, o Zé aguarda muito mais tempo o atendimento de seu filho no posto de saúde público. É incrível que num país, como o Brasil, onde menos de 50% da população possui saneamento básico, atrasos de algumas horas em alguns aeroportos tomem tanto tempo na imprensa.
Não me entendam mal. Sou absolutamente a favor da cobertura da mídia diante desta crise aérea, entendo que isso é fundamental, assim como é fundamental a cobertura dos problemas que afetam a maior camada da população, a pobre.
Enfim, esse texto é um desabafo de quem ouve calado, por necessidade, os insultos da classe média e chora, também calado, as injustiças vividas por quem vive na perifeiria. Mais uma vez percebemos que somos todos iguais e que, realmente, o homem se mostra na crise.
PS: ESSA É A PRIMEIRA PUBLICAÇÃO DEPOIS DO ACIDENTE DA TAM. GOSTARIA DE REGISTRAR MEUS MAIS SINCEROS SENTIMENTOS AOS FAMILIARES DOS PASSAGEIROS DO VÔO 3054.
7/16/2007
21 Gramas
Texto de Guillermo Arriaga.
Quantas vidas vivemos?
Quantas vezes morremos?
Dizem que todos nós perdemos 21 gramas no exato momento da morte.
Quanto cabe em 21 gramas?
Quanto é perdido quando perdemos 21 gramas?
Quanto se vai com elas?
Quanto se ganha?
21 gramas. O peso de cinco moedas de cinco centavos. O peso de um beija-flor. Uma barra de chocolate.
Quanto pesa 21 gramas?
O mexicano Guillermo Arriaga já teve seu nariz 13 vezes quebrado. Oriundo de um bairro violentíssimo da Cidade do México, tem, justamente, a violência como a tônica de suas histórias. Ele acredita que só "quando temos noção da morte é que passamos a valorizar a vida". O filme, que tem o mesmo nome de seu livro, 21 gramas, retrata a valorização da vida diante da morte, atualmente tão cotidiana em nossa vida.
Quantas vidas vivemos?
Quantas vezes morremos?
Dizem que todos nós perdemos 21 gramas no exato momento da morte.
Quanto cabe em 21 gramas?
Quanto é perdido quando perdemos 21 gramas?
Quanto se vai com elas?
Quanto se ganha?
21 gramas. O peso de cinco moedas de cinco centavos. O peso de um beija-flor. Uma barra de chocolate.
Quanto pesa 21 gramas?
O mexicano Guillermo Arriaga já teve seu nariz 13 vezes quebrado. Oriundo de um bairro violentíssimo da Cidade do México, tem, justamente, a violência como a tônica de suas histórias. Ele acredita que só "quando temos noção da morte é que passamos a valorizar a vida". O filme, que tem o mesmo nome de seu livro, 21 gramas, retrata a valorização da vida diante da morte, atualmente tão cotidiana em nossa vida.
"Mandoquilando"
Fora a sacolada de gols que os comandados de Dunga tocaram nos hermanitos, que pensaram que o jogo já estava ganho, o que mais me marcou foi a forma como Robinho saiu do jogo: "mandoquilando". Essa foi a expressão do "Frei Galvão Bueno", desculpem-me o plágio descarado do Rock Gol da Mtv, o esguio craque saiu mandoquilando devido a um "encontrão", ainda no começo do jogo.
Logo após o jogo recorrí ao Houaiss para encontrar tal palavra, mandoquilando. Resultado: não econtrei. Tentei o google, nada. Wikipedia, muito menos. Depois da frustração o melhor foi relaxar e comemorar duas coisas. A primeira foi a conquista da Copa América por uma equipe que não inspirava confiança a quase ninguém, mas que na vontade sagrou-se campeã. E a segunda foi que a nossa seleção esqueceu seus calções brancos, assim como os argentinos esqueceram de jogar seu futebol, e por sorte ou compentência, pela terceira vez, fez os argentinos bailarem seu tango melancólico com mais um segundo lugar.
Logo após o jogo recorrí ao Houaiss para encontrar tal palavra, mandoquilando. Resultado: não econtrei. Tentei o google, nada. Wikipedia, muito menos. Depois da frustração o melhor foi relaxar e comemorar duas coisas. A primeira foi a conquista da Copa América por uma equipe que não inspirava confiança a quase ninguém, mas que na vontade sagrou-se campeã. E a segunda foi que a nossa seleção esqueceu seus calções brancos, assim como os argentinos esqueceram de jogar seu futebol, e por sorte ou compentência, pela terceira vez, fez os argentinos bailarem seu tango melancólico com mais um segundo lugar.
7/12/2007
Eu chorei com o Abreu...
Lendo alguns jornais percebi que a minha dor não foi solitária. Junto comigo um dos mais respeitados jornalistas esportivos do RS, Pedro Ernesto Denardin, e uma imensa nação de gaúchos anônimos que fecharam o semblante com a defesa do Doni. O goleiro brasileiro deu três passos pra frente, pegou o pênalti de Lugano e colocou o Brasil na final da Copa América.
Oscar Ruiz, o árbitro, fez que não viu e agora quem vê o título de longe, muito longe, são os uruguaios. Antes de apontarem o dedo pra mim e me chamarem de "herege futebolístico", preciso dizer que sou passional. Vivo de paixão. Emocionei-me ao ver deitado no chão Abreu, o ex el-loco gremista, no empate da escrete azul celeste. Meio time o abraçou e chorou por alguns segundos. Estava ali a essência do futebol, paixão. Um sentimento que move milhões por seus clubes e seleções, mas que no Brasil fica restrito aos clubes.
Oscar Ruiz, o árbitro, fez que não viu e agora quem vê o título de longe, muito longe, são os uruguaios. Antes de apontarem o dedo pra mim e me chamarem de "herege futebolístico", preciso dizer que sou passional. Vivo de paixão. Emocionei-me ao ver deitado no chão Abreu, o ex el-loco gremista, no empate da escrete azul celeste. Meio time o abraçou e chorou por alguns segundos. Estava ali a essência do futebol, paixão. Um sentimento que move milhões por seus clubes e seleções, mas que no Brasil fica restrito aos clubes.
7/10/2007
O Rio é a síntese do Brasil
A "cidade maravilhosa" está imersa na miséria. Uma aldeia burguesa rodeada por favelas. O Rio de Janeiro é uma síntese de tudo que há de "melhor" e pior no Brasil. De melhor uma das baías mais lindas do mundo, chamada Guanabara. De pior uma lista imensa, mas fico com o famoso jeitinho brasileiro, que tem uma semelhança indissociável da malandragem carioca.
Atualmente temos a Vila Olímpica do Pan, que é o retrato da desiguldade social do país. Acredito que não haja na América Latina complexo esportivo mais moderno que o nosso, assim como não há um complexo de favelas tão imenso em nenhum outro lugar no continente.
Quando digo que o Rio está imerso na miséria é muito mais que uma questão financeira. Os cariocas sofrem de uma anemia intelectual assustadora. Enquanto a Força Nacional segue sua rotina de mantança de negros e pobres nas favelas, os filhos da burguesia seguem sua sina de espancar mulheres, com a ridícula desculpa de que tais mulheres são prostitutas.
Honestamente não tenho nada contra os cariocas, apenas lamento que uma das cidades mais conhecidas do país tenha sido e, ainda, seja palco de episódios lamentáveis. A disneylandia tupiniquim fica por conta do Projac, onde a vida é linda e bela como na novela das oito. Porém a vida é 24h e atrás dos muros existe um mundo real cheio de desigualdades, que serve melhor de retrato a triste realidade brasileira.
Atualmente temos a Vila Olímpica do Pan, que é o retrato da desiguldade social do país. Acredito que não haja na América Latina complexo esportivo mais moderno que o nosso, assim como não há um complexo de favelas tão imenso em nenhum outro lugar no continente.
Quando digo que o Rio está imerso na miséria é muito mais que uma questão financeira. Os cariocas sofrem de uma anemia intelectual assustadora. Enquanto a Força Nacional segue sua rotina de mantança de negros e pobres nas favelas, os filhos da burguesia seguem sua sina de espancar mulheres, com a ridícula desculpa de que tais mulheres são prostitutas.
Honestamente não tenho nada contra os cariocas, apenas lamento que uma das cidades mais conhecidas do país tenha sido e, ainda, seja palco de episódios lamentáveis. A disneylandia tupiniquim fica por conta do Projac, onde a vida é linda e bela como na novela das oito. Porém a vida é 24h e atrás dos muros existe um mundo real cheio de desigualdades, que serve melhor de retrato a triste realidade brasileira.
7/08/2007
Calções brancos...
"- Esse calção da seleção não é bonito.", assim disse Galvão Bueno, durante a transmissão de Brasil e Chile, no sábado, 08. Entre dormindo e acordado tentava assistir ao jogo, mas o futebol da seleção há muito não me empolga. Entretanto, a escrete canarinho aplicou uma, desculpe-me o clichê, sonora goleada de 5 a 1 nos chilenos.
Que o Galvão fala bobagens isso não é nenhuma novidade. Seu comentário sobre os calções brancos nada me espantaram, o que me espanta é falta de paixão que essa seleção desperta nos brasileiros, a tal ponto do futebol ficar em segundo plano e a moda tomar conta do debate. A migração de atletas para a Europa mercantilizou o esporte, jogadores milhonários ilustram listas das celebridades mais bem pagas do mundo e o "amor pela camisa" já virou coisa de careta.
Sou antigo, careta e apaixonado. Uma espécie de amor à moda antiga, mas não pela seleção, pelo Grêmio. Meu time não tem um futebol encantador, mas já ganhou muito título na vontade e no apoio da torcida. Meu time não tem muito dinheiro , mas tem vontade, que falta para a seleção. No entanto, a seleção tem calções brancos o que não faz falta nenhuma para o Grêmio.
Que o Galvão fala bobagens isso não é nenhuma novidade. Seu comentário sobre os calções brancos nada me espantaram, o que me espanta é falta de paixão que essa seleção desperta nos brasileiros, a tal ponto do futebol ficar em segundo plano e a moda tomar conta do debate. A migração de atletas para a Europa mercantilizou o esporte, jogadores milhonários ilustram listas das celebridades mais bem pagas do mundo e o "amor pela camisa" já virou coisa de careta.
Sou antigo, careta e apaixonado. Uma espécie de amor à moda antiga, mas não pela seleção, pelo Grêmio. Meu time não tem um futebol encantador, mas já ganhou muito título na vontade e no apoio da torcida. Meu time não tem muito dinheiro , mas tem vontade, que falta para a seleção. No entanto, a seleção tem calções brancos o que não faz falta nenhuma para o Grêmio.
7/02/2007
Uma bosta...
" achei uma bosta mas tudo bem".. esse é o último comentário que recebi no meu blog.
Fiz questão de copiar e colar, para não cometer injustiças. A única coisa que me ocorre neste momento é um episódio do Chaves.
Tenho um texto de bosta, mas e daí?
Sou um jornalista de meia tigela , mas e daí?
Gosto de cães e acho eles, as vezes (quase sempre), mais agradáveis que alguns humanos, mas e daí?
Adoro ver qualquer programa do Chaves pela enézima vez, mas e daí?
Isso é chamado "baixa cultura" (embora eu não acredite nessa bobagem), mas e daí?
Tenho erros em quase tudo que faço, mas e daí?
O negócio é não esquentar a cabeça e tocar a vida, porque o que dá graça são erros.
Tenho apenas uma sugestão: quando for criticar alguém, usem o português de maneira adequada. É importante colocar a vírgula antes do "mas", já que é exigido para dar idéia de condição. Última coisa. É feio criticar e não colocar o nome, por favor jamais cometam essa gafe.
Fiz questão de copiar e colar, para não cometer injustiças. A única coisa que me ocorre neste momento é um episódio do Chaves.
Tenho um texto de bosta, mas e daí?
Sou um jornalista de meia tigela , mas e daí?
Gosto de cães e acho eles, as vezes (quase sempre), mais agradáveis que alguns humanos, mas e daí?
Adoro ver qualquer programa do Chaves pela enézima vez, mas e daí?
Isso é chamado "baixa cultura" (embora eu não acredite nessa bobagem), mas e daí?
Tenho erros em quase tudo que faço, mas e daí?
O negócio é não esquentar a cabeça e tocar a vida, porque o que dá graça são erros.
Tenho apenas uma sugestão: quando for criticar alguém, usem o português de maneira adequada. É importante colocar a vírgula antes do "mas", já que é exigido para dar idéia de condição. Última coisa. É feio criticar e não colocar o nome, por favor jamais cometam essa gafe.
6/23/2007
Sou o cachorro do meu cachorro
Não é novidade pra ninguém a relação dos cães e seus donos. Entretanto me dediquei a tentar entender a relação que tenho com meu cachorro e cheguei a seguinte conclusão: sou o cachorro do meu cachorro.
Diariamente saio de caso pontualmente, as vezes nem tanto, vou ao trabalho para prover o meu sustento e isso inclui casa, roupas, comida, faculdade, etc. A rotina é praticamente incessante, exceto aos finais de semana. Enquanto isso meu cachorro fica em casa.
Ele dorme praticamente o dia inteiro, quando não dorme come e quando não come dorme. De vez em quando ele vai até o portão e late para outros caninos, só para não cair na rotina. Todas as noites ele tem uma caixa quente para dormir, o prato da ração permanece constantemente transbordado.
Não bastasse tudo isso, de quinze em quinze dias vai ao pet shop onde todas as garotas o paparicam durante toda a tarde. Eu... bom eu nem lembro a última vez que alguém me deu banho, mas com certeza essa garota foi a minha mãe.
Vendo as coisas por essa ótica fica tudo mais claro a razão pela qual ele fica tão feliz quando chego. Afinal, quem tem toda essa mordomia e em troca disso dá apenas algumas lambidas? Veja bem, os tempos mudaram. As vezes tenho a impressão que quem usa coleiras sou eu, e, até, sinto inveja da honestidade, fidelidade e da vida que os caninos têm.
Diariamente saio de caso pontualmente, as vezes nem tanto, vou ao trabalho para prover o meu sustento e isso inclui casa, roupas, comida, faculdade, etc. A rotina é praticamente incessante, exceto aos finais de semana. Enquanto isso meu cachorro fica em casa.
Ele dorme praticamente o dia inteiro, quando não dorme come e quando não come dorme. De vez em quando ele vai até o portão e late para outros caninos, só para não cair na rotina. Todas as noites ele tem uma caixa quente para dormir, o prato da ração permanece constantemente transbordado.
Não bastasse tudo isso, de quinze em quinze dias vai ao pet shop onde todas as garotas o paparicam durante toda a tarde. Eu... bom eu nem lembro a última vez que alguém me deu banho, mas com certeza essa garota foi a minha mãe.
Vendo as coisas por essa ótica fica tudo mais claro a razão pela qual ele fica tão feliz quando chego. Afinal, quem tem toda essa mordomia e em troca disso dá apenas algumas lambidas? Veja bem, os tempos mudaram. As vezes tenho a impressão que quem usa coleiras sou eu, e, até, sinto inveja da honestidade, fidelidade e da vida que os caninos têm.
5/11/2007
Heresia Azul
Em tempos de Bento XVI no solo tupiniquim, quem chama a atenção da mídia no sul do país é o Grêmio. Parece que, pelo menos para a torcida gremista, nada é mais importante que os jogos no Olímpico, nem mesmo a chegada do pontífice.
Dirão os católicos: “Não adorai falsos desuses”. Responderão os gremistas: “Grêmio imortal, nada pode ser maior”. De um lado a maior religião do mundo, onde a alta cúpula do conclave romano elege o “representante de Deus”. Do outro, uma nação bem mais modesta, mas não menos apaixonada, a legião tricolor.
Heresias à parte, a chegada do papa ao Brasil representa a retomada de valores tradicionais da igreja (a união apenas de pessoas do sexo oposto, a negação do aborto, a não utilização de preservativos, etc), na América Latina. Com uma posição bem ortodoxa Bento VXI arranca elogios dos mais tradicionais e desconfiança dos modernistas.
Embora religião e futebol, tratem-se de duas coisas distintas, a paixão de seus seguidores as torna, de certo modo, coisas comuns. Meu desinteresse pelos assuntos religiosos é inversamente proporcional ao gosto pelo futebol. Não sei quantos católicos o Papa arrastou para São Paulo, mas sei que em apenas três jogos cerca de 150 mil torcedores invadiram o Olímpico.
Como disse Tyger Woods, número um do ranking mundial de Golf: “Para vencer precisam-se de duas coisas: sorte e competência. Quanto mais competência, menos dependerá da sorte”. A questão que fica é a seguinte: quem terá mais sucesso na América Latina. O Papa ou Grêmio? Bento VXI busca aumentar e consolidar os valores da Igreja Católica no continente. O Grêmio tenta conquistar seu terceiro título e voltar a ser o dono da América. O resultado... a história nos contará.
Dirão os católicos: “Não adorai falsos desuses”. Responderão os gremistas: “Grêmio imortal, nada pode ser maior”. De um lado a maior religião do mundo, onde a alta cúpula do conclave romano elege o “representante de Deus”. Do outro, uma nação bem mais modesta, mas não menos apaixonada, a legião tricolor.
Heresias à parte, a chegada do papa ao Brasil representa a retomada de valores tradicionais da igreja (a união apenas de pessoas do sexo oposto, a negação do aborto, a não utilização de preservativos, etc), na América Latina. Com uma posição bem ortodoxa Bento VXI arranca elogios dos mais tradicionais e desconfiança dos modernistas.
Embora religião e futebol, tratem-se de duas coisas distintas, a paixão de seus seguidores as torna, de certo modo, coisas comuns. Meu desinteresse pelos assuntos religiosos é inversamente proporcional ao gosto pelo futebol. Não sei quantos católicos o Papa arrastou para São Paulo, mas sei que em apenas três jogos cerca de 150 mil torcedores invadiram o Olímpico.
Como disse Tyger Woods, número um do ranking mundial de Golf: “Para vencer precisam-se de duas coisas: sorte e competência. Quanto mais competência, menos dependerá da sorte”. A questão que fica é a seguinte: quem terá mais sucesso na América Latina. O Papa ou Grêmio? Bento VXI busca aumentar e consolidar os valores da Igreja Católica no continente. O Grêmio tenta conquistar seu terceiro título e voltar a ser o dono da América. O resultado... a história nos contará.
4/24/2007
Terra de Doutor
"Tinha eu quatorze anos de idade / Quando meu pai me chamou / Perguntou-me se eu queria / Estudar Filosofia / Medicina ou engenharia / Tinha eu que ser doutor / Mas a minha aspiração / Era ter um violão / Para me tornar sambista / Ele então aconselhou / Sambista não tem valor / Nesta terra de doutor ..."
14 anos - Paulinho da Viola
14 anos - Paulinho da Viola
O Brail perdeu um engenheiro, médico ou filósofo, mas ganhou um excelente músico que canta sua alegria nos acordes de seu violão. Seu pai o preferia doutor, mas o Brasil o prefere músico. Ainda hoje o sonho de muitos pais é ver seus filhos doutores, talvez o caminho da estabilidade financeira.
Mas encarando essa questão de uma forma bem mais subjetiva, vou dar uma de Pollyana. Possuir um trabalho que construa e gere prazer nem sempre é tão fácil assim, entretanto fazer de nosso trabalho uma tarefa prazerosa só depende de nós. Se quisermos construir um mundo melhor é preciso encontrar crescimento para nós e para os outros nas atividades que realizamos.
4/16/2007
Saber o sabor
É preciso saber o sabor da vida e degustá-la com amor. Conhecer o doce sabor das conquistas e engolir o amargo sabor das derrotas. Aprender a gostar do sabor da realidade é inevitável. Ora ela presenteia nosso paladar, ora nos azeda o estômago. Mas tão importante quanto conhecer os sabores é saber que nem tudo é tão saboroso quanto esperávamos. Enfim, seja doce ou amargo, o importante mesmo é saborear a vida e aprender com isso.
4/07/2007
TPLB
Como o objetivo não é encher a sua cabeça de informações, eu também entrei na onda do projeto "This Page Intentionally was Left Blank". A idéia é relaxar os olhos e a mente, oportunizando instantes mais cleans na sua vida
Pelo menos aqui você não será bombardeado de informações nos espacinhos em branco.
Bom relaxamento
...
Pelo menos aqui você não será bombardeado de informações nos espacinhos em branco.
Bom relaxamento
...
4/03/2007
I have a dream
- I have a dream! - assim disse Luther King, há mais ou menos quarenta anos.
Eu também tenho um sonho, porém muito menos ambicioso que o de King. Como ando meio desanimado com as aventuras de nossos governantes, foquei meus esforços em coisas simples. Como os "detalhes fazem toda a diferença", diferencio-me exatamente nisso.
Como King, farei meu discurso anafórico, embora com uma visão muito mais limitada:
"Haverá um dia em que todos darão bom dia e receberão de volta um largo sorriso.
Um dia em que os amigos apoiarão uns aos outros, sem que haja tempo pra julgamentos.
Um dia em que o nosso próprio stress dará lugar a contemplação do pôr do sol.
Um dia em que as horas em frente o computador serão trocadas por relações pessoais de primeiro grau.
Um dia em que o celular perderá totalmente o sinal e ficaremos, nem que seja por alguns instantes, libertos pela tecnologia.
Um dia que a tristeza não ocupará mais que cinco minutos de nosso dia.
Um dia que a vida será tão simples a ponto de que as pessoas não se percam nos próprios devaneios.
Um dia (quem sabe)... haverá esse dia..."
Eu também tenho um sonho, porém muito menos ambicioso que o de King. Como ando meio desanimado com as aventuras de nossos governantes, foquei meus esforços em coisas simples. Como os "detalhes fazem toda a diferença", diferencio-me exatamente nisso.
Como King, farei meu discurso anafórico, embora com uma visão muito mais limitada:
"Haverá um dia em que todos darão bom dia e receberão de volta um largo sorriso.
Um dia em que os amigos apoiarão uns aos outros, sem que haja tempo pra julgamentos.
Um dia em que o nosso próprio stress dará lugar a contemplação do pôr do sol.
Um dia em que as horas em frente o computador serão trocadas por relações pessoais de primeiro grau.
Um dia em que o celular perderá totalmente o sinal e ficaremos, nem que seja por alguns instantes, libertos pela tecnologia.
Um dia que a tristeza não ocupará mais que cinco minutos de nosso dia.
Um dia que a vida será tão simples a ponto de que as pessoas não se percam nos próprios devaneios.
Um dia (quem sabe)... haverá esse dia..."
4/01/2007
Frases
Escrever é fácil. Começa com uma letra maiúscula e termina com o ponto final. No meio você coloca as idéias"
Pablo Neruda
"Quem mata um homem pra defender um ideal, não defende um ideal. Mata um homem."
Anônimo
Pablo Neruda
"Quem mata um homem pra defender um ideal, não defende um ideal. Mata um homem."
Anônimo
3/30/2007
Polititica
Só a palavra "política" causa na sociedade um efeito de repulsa. Não importa a que ela se refere, definitivamente, política e sociedade não combinam. A hostilidade com que o tema é tratado é fruto de uma construção política corrupta. O tráfico de influências nasceu junto com o Brasil. Já na "certidão de nascimento" tupiniquim, Pero Vaz de Caminha solicitava a corte portuguesa um emprego ao seu genro.
De lá para cá a situação não mudou muito, embora tenha havido algumas evoluções. Foram quase 500 anos até que o Brasil tivesse a primeira eleição pelo voto direto. Daí em diante foram quatro mandatos da direita e dois da esquerda. Diferença entre os dois governos? Pouca. Afinal, essa "polititica" é como uma moeda de duas coroas.
Entretanto, os movimentos políticos de maior sucesso no país e os únicos que não fazem "polititica" são as ongs (organizações não governamentais). A razão de tanto sucesso? Simples, não há envolvimento partidário. Normalmente quem participa de ong, não recebe nada em troca financeiramente e exerce suas funções paralelamente as atividades profissionais.
Vou citar apenas um caso de sucesso, o Grupo de Apoio à Prevenção a Aids (Gapa). O Gapa surgiu em 1985, em São Paulo, e o objetivo era ambicioso à época: levar conhecimento sobre a doença e assim impedir seu avanço. A iniciativa deu tão certo que o modelo brasileiro é reconhecido por organizações internacionais da saúde e copiado em dezenas de países.
Tanto sucesso se dá ao empenho de pessoas que não vivem da política, mas vivem para a política. Continuo não acreditando em partidos, mas acredito em pessoas. A democracia está longe de ser o sistema político ideal, pois é o governo das "maiorias", que governa para as "minorias". Enquanto senadores e deputados se divertem na dança das cadeiras ministerial, pessoas sérias esquecem essa "polititica" e, realmente, fazem um Brasil melhor.
De lá para cá a situação não mudou muito, embora tenha havido algumas evoluções. Foram quase 500 anos até que o Brasil tivesse a primeira eleição pelo voto direto. Daí em diante foram quatro mandatos da direita e dois da esquerda. Diferença entre os dois governos? Pouca. Afinal, essa "polititica" é como uma moeda de duas coroas.
Entretanto, os movimentos políticos de maior sucesso no país e os únicos que não fazem "polititica" são as ongs (organizações não governamentais). A razão de tanto sucesso? Simples, não há envolvimento partidário. Normalmente quem participa de ong, não recebe nada em troca financeiramente e exerce suas funções paralelamente as atividades profissionais.
Vou citar apenas um caso de sucesso, o Grupo de Apoio à Prevenção a Aids (Gapa). O Gapa surgiu em 1985, em São Paulo, e o objetivo era ambicioso à época: levar conhecimento sobre a doença e assim impedir seu avanço. A iniciativa deu tão certo que o modelo brasileiro é reconhecido por organizações internacionais da saúde e copiado em dezenas de países.
Tanto sucesso se dá ao empenho de pessoas que não vivem da política, mas vivem para a política. Continuo não acreditando em partidos, mas acredito em pessoas. A democracia está longe de ser o sistema político ideal, pois é o governo das "maiorias", que governa para as "minorias". Enquanto senadores e deputados se divertem na dança das cadeiras ministerial, pessoas sérias esquecem essa "polititica" e, realmente, fazem um Brasil melhor.
3/29/2007
Paraíso Tropical
Ao sentar em frente da TV para jantar, momento único e raro durante a semana, assisto ao Jornal Nacional. Mas não estou só. Nesse horário há um sem-número de telespectadores que se suspiram a cada quadro do telejornal. Uns por causa da previsão meteorológica, outros por causa das peripécias brasilienses e ainda há, quem diria, suspiros desanimados no quadro de esportes.
Enfim, o JN é uma espécie de espelho digital da sociedade, em que as pessoas selecionam a opção light-realyt. Nesse espelho reflete uma realidade distorcida, mas ainda assim é uma realidade que por vezes nos entristece. Mas a Globo inventou a novela das oito, que passa as nove, com intuito de nos alegrar. Boazinha a emissora, não?
Numa conversa de botequim ouvi alguám falar: "- Os problemas do Brasil acabam quando começa a novela das oito", e, infelizmente, tenho que concordar. Pra azar dos roteiristas ou para azar meu, aprendi a enfrentar os meus problemas e me sinto um estrangeiro quando vejo a vida no Leblon. Pra ser bem sincero não suporto cinco minutos a frente da TV. Acreditar nessa realidade Belíssima é só pra quem mora num Paraíso Tropical, e não para um pobre mortal como eu.
Enfim, o JN é uma espécie de espelho digital da sociedade, em que as pessoas selecionam a opção light-realyt. Nesse espelho reflete uma realidade distorcida, mas ainda assim é uma realidade que por vezes nos entristece. Mas a Globo inventou a novela das oito, que passa as nove, com intuito de nos alegrar. Boazinha a emissora, não?
Numa conversa de botequim ouvi alguám falar: "- Os problemas do Brasil acabam quando começa a novela das oito", e, infelizmente, tenho que concordar. Pra azar dos roteiristas ou para azar meu, aprendi a enfrentar os meus problemas e me sinto um estrangeiro quando vejo a vida no Leblon. Pra ser bem sincero não suporto cinco minutos a frente da TV. Acreditar nessa realidade Belíssima é só pra quem mora num Paraíso Tropical, e não para um pobre mortal como eu.
3/27/2007
As lombas...
Lendo a ZH de domingo, Scliar me chamou atenção para as lombas de Porto Alegre e, por conseqüência, as lombas de nossa vida. Concordo com o médico-escritor quando ele diz: "A Vida é, num certo sentido, subir lombas". Conforme vencemos as lombas, ou desafios, ficamos mais fortes e ganhamos fôlego quando chegamos ao topo.
Subir lombas é esforço matinal ou vespertino de encarar os desafios. Não importa o quanto demoremos pra subir nossas lombas, importante mesmo é subi-las e dar-nos conta que essa á uma prova de que estamos vivos. Mas também há que descer. E se for pra descer, que seja de maneira enlouquecida, frenética e vertiginosa nas asas da nossa imaginação para que, pelo menos, sirva de consolo a tanto esforço.
Subir lombas é esforço matinal ou vespertino de encarar os desafios. Não importa o quanto demoremos pra subir nossas lombas, importante mesmo é subi-las e dar-nos conta que essa á uma prova de que estamos vivos. Mas também há que descer. E se for pra descer, que seja de maneira enlouquecida, frenética e vertiginosa nas asas da nossa imaginação para que, pelo menos, sirva de consolo a tanto esforço.
3/25/2007
Um dia de cada vez
Esperamos o dia nascer com o despertar do relógio. Não nos damos ao luxo de acordar mais cedo pra ver o sol iluminar as primeiras imagens do dia. Esperamos que as coisas se resolvam rápido.
Tentamos prever centenas de dias à frente, sem nos darmos conta da verdade incontestável que é: vivemos um dia de cada vez. Viver um dia de cada vez é como a luz do sol. Queira ou não queira ela estará lá. Diariamente. Para ser contemplada ou não.
Para se aquecer no inverno com a luz do sol é necessário que outono passe. Exatamente como no calendário, um dia após o outro. Apressar as coisas é como acordar com o despertador: você levanta e só se dá conta que hora de trabalhar, estudar, etc...
Então viva um dia de cada vez, como no calendário comemorativo. Se a vida não é suficiente para ser celebrada diariamente, o calendário ajuda você com alguma sugestão.
Tentamos prever centenas de dias à frente, sem nos darmos conta da verdade incontestável que é: vivemos um dia de cada vez. Viver um dia de cada vez é como a luz do sol. Queira ou não queira ela estará lá. Diariamente. Para ser contemplada ou não.
Para se aquecer no inverno com a luz do sol é necessário que outono passe. Exatamente como no calendário, um dia após o outro. Apressar as coisas é como acordar com o despertador: você levanta e só se dá conta que hora de trabalhar, estudar, etc...
Então viva um dia de cada vez, como no calendário comemorativo. Se a vida não é suficiente para ser celebrada diariamente, o calendário ajuda você com alguma sugestão.
3/24/2007
Simples
Já dizia o cienasta brasileiro Fernado Meirelles:
"Simples é tudo que uma coisa pode ser"
Fico com suas simples e sábias palavras. Ao ouvir isso a primeira coisa que me dou conta é de quão simples são as amizades e quanto elas valem a pena. O riso está para a amizade, como o beijo está para o amor. Quem nunca deu uma gargalhada ao lado de um amigo? A amizade é simples assim. Simples como o sorriso despreocupado. Simples como um final de sexta-feira sentado a beira de um bar ou sentado a beira da cama, acompanhado de um amigo e um violão.
"Simples é tudo que uma coisa pode ser"
Fico com suas simples e sábias palavras. Ao ouvir isso a primeira coisa que me dou conta é de quão simples são as amizades e quanto elas valem a pena. O riso está para a amizade, como o beijo está para o amor. Quem nunca deu uma gargalhada ao lado de um amigo? A amizade é simples assim. Simples como o sorriso despreocupado. Simples como um final de sexta-feira sentado a beira de um bar ou sentado a beira da cama, acompanhado de um amigo e um violão.
3/23/2007
Necessidade...
Você já fez as suas necessidades hoje??? Eu Não. Quer dizer, já fiz quase todas, mas ainda falta uma: escrever.
Depois do meu orgasmo intelectual escrevendo sobre o boquete na "White House", parece que me bateu um desânimo, uma espécie de saciedade total. Mas sobrevivi e estou de volta para a felicidade ou tristeza geral da nação.
Aos que sentiram minha falta, meu extremo sentimento de gratidão. Aos que ficaram felizes, lamento fazê-los tristes com a minha volta. E aos que não me conhecem tem a excelente oportunidade de me conhecer.
Enfim, abraço a todos...
Depois do meu orgasmo intelectual escrevendo sobre o boquete na "White House", parece que me bateu um desânimo, uma espécie de saciedade total. Mas sobrevivi e estou de volta para a felicidade ou tristeza geral da nação.
Aos que sentiram minha falta, meu extremo sentimento de gratidão. Aos que ficaram felizes, lamento fazê-los tristes com a minha volta. E aos que não me conhecem tem a excelente oportunidade de me conhecer.
Enfim, abraço a todos...
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