3/29/2006

Vaidade é inútil

Sentado à frente do meu computador estava relendo uma reportagem que escrevi sobre o escritor paraibano Ariano Suassuna, autor do Auto da Compadecida, e lembrei-me de uma valiosa frase dele:

"A vaidade seja ela qual for, física ou intelectual, é inutil, pois só depois de muito tempo a gente descobre se algo ficou".

Então caros colegas é melhor esperar o tempo passar para depois percebermos o que ficou e aí sim pensarmos na nossa vaidade.

3/28/2006

Desgarrados(momento bairrismo)...

"Eles se encontram no Cais do porto entre as calçadas,
fazem biscates pelos mercados pelas esquinas,
carregam lixo, vendem revistas, juntam baganas,
e são pigentes nas avenidas da capital....

Sopram ventos desgarrados, carregados de saudade, viram copos, viram mundos. Mas o que foi nunca mais será...

Cevavam mate, sorriso franco, palheiro aceso,
e nos pescoços lenços vermelhos, velhas bravatas,
geada fria, café bem quente, muito alvoroço,
olhos abertos o longe é perto o que vale é o sonho....

Sopram ventos desgarrados, carregados de saudade, viram copos, viram mundos. Mas o que foi nunca mais será..."

Ainda me perguntam porque que eu sou tão bairrista.

3/24/2006

Aprender a não errar

Nunca acreditei na "Lei de Murphi", mas começo a aceitar que algumas coisas realmente acontecem. Lembre-se: existe uma possibilidade enorme das coisas que você mais quer que não aconteça, acontecerem.

Não importa o quanto você andou na linha, o que importa é quando você sai dela e isso é visível. Sei que conselhos são vendidos por mais que realmente valem, mas acreditem:

"Se é para fazer mal feito, deixe para amanhã e faça sempre da melhor maneira possível".

3/21/2006

Falcão: os meninos do MV Bill

Já imaginava que o documentário de MV Bill, agendaria a mídia nacional na segunda posterior a exibição do filme. Não imaginava que as pessoas ficassem tão chocadas com aquelas cenas.

O trabalho do rapper é resultado da necessidade que essas pessoas(moradores da favela) têm de se mostrarem para a sociedade como elas realmente vivem.

A questão é a seguinte: as imagens chocam porque a televisão não é utilizada da maneira como deveria ser.

A TV entrete, diverte, irrita, faz de tudo, só não mostra a triste realidade de milhares de pessoas que dormem ao som dos fuzís, sobrevivem dos papelotes de cocaína e "descançam" sob a larica da maconha.

O que choca não é ver uma criança de 10 anos dizendo que se ela morrer, nascerá outro igual ou pior. O que choca de verdade é pensar que existem milhões de pessoas sentadas à frente da TV torcendo pela morte da Falcão, não a Falcão sentinela de um morro qualquer, mas sim a Bia Falcão da novela belíssima.

3/17/2006

Desculpem-me :) ...

Bah galera!!! só tenho que pedir desculpas a todos que visitam meu blog... mas não postei mais nada, porque prefiro ficar quieto do que falar besteira.

Grande abraço a todos e prometo que semana que vem eu volto.

:)

3/06/2006

Fantasia ou Realidade?

Assisti ao filme Closer, confesso que achei muito bacana o filme e gostei muito da trilha sonora. Na manhã seguinte fui interpelado com a questão: "Que mensagem o filme passa?" Não soube respondar na hora, até fui arrogante dizendo: "Mas porque todos os filmes tem que passar mensagem."

Acho que no fundo a mensagem é a seguinte. A vida não é um conto de fadas, os príncipes encantados não vem mais em cavalos brancos e nem os sapos(como eu) são beijados por lindas princesas.

Quem me dera visitar o país da Alice, ter agilidade e a destreza dos personagens de Matrix, ou então brilhar como os heróis de Pearl Harbor.

Acho que essa história toda, de Oscar e estatueta, me tráz uma nostalgia de algo que nunca fui e nem nunca serei.

3/03/2006

Quanta pretensão...

Pois eh... tenho a impressão que a sociedade nos quer transformar em robôs... o pior é, pessoas que aprendem a ser "máquinas", reproduzem tudo igualzinho e se consideram inteligentíssimas e competentes, pensam que tem moral pra pisar em cima dos outros.

Episódios lamentáveis de narcisismo intelectual, infelizmente, fazem parte do nosso cotidiano. A grande graça de tudo é ser diferente, o que é comum não nos atrai. A banalização é que irrita e afugenta as pessoas, temos pessoas e coisas maravilhosas que não passam na TV, não estão dependuradas em outdorrs e nem por isso perdem o seu brilho e o seu valor.

Acho que está na hora de parar de olhar para o espelho e olhar para o mundo, e perceber, também, que a originalidade desse meu texto é a coisa mais clichê que vocês já leram na vida.

Quem pensa meio termo não pensa nada...

Preciso concordar que na maioria das vezes chegamos a consensos (e consensos não existem) porque isso é politicamente correto. Mas pare pra pensar: Você lembra de algum pensandor que imaginasse suas convicções mais ou menos? Não.

Na verdade os maiores pensadores tinham uma opinião formada por completo, e não abriam mão disso, podiam até sofrer discriminação e, incialmente, serem tachados de loucos, mas eram convictos daquilo que diziam.

Chega de política de boa vizinhança, quem gosta de consenso e que as pessoas sejam iguais são os políticos.